Em meio a tanta necessidade de crédito aqui no RS para empresas sobreviverem à tragédia, a redução da taxa de juro referência da economia está prestes a travar. A reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decide hoje a Selic, que está em 10,5% e não chegará mais a um dígito até o final do ano, como era previsto e esperado.
A preocupação fiscal no Brasil cresceu e esfriou mais a possibilidade de redução do juro nos EUA, fatores que pesam contra mais um corte. E ainda, a cereja do bolo é o conflito entre o presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem elevado dólar e pressionado inflação.
Ontem, Lula criticou fortemente a presença de Campos Neto em um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O dólar já subiu a R$ 5,43. Ainda é difícil saber o efeito desta discussão pública na política monetária. Se a pressão de Lula levará a novo corte ou se Campos Neto será apoiado no fim do ciclo de reduções.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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