Mesmo com ruas alagadas, negócios próximo ao muro da Mauá, no Centro Histórico, tentavam seguir funcionando nesta manhã. Na Avenida Júlio de Castilhos, o acesso a muitas lojas, como pet shops e lanchonetes, está bloqueado pela água, impedindo a entrada de clientes e de funcionários.
Manoel da Silva é dono de uma loja de calçados instalada na avenida desde 1970. A água chegou a invadir parte do local, mas ele também conta que aumentou a venda de botas e galochas nos últimos dias
— Em 50 anos, nunca vi uma situação assim. Teremos que fechar, mas recolheremos antes o que conseguirmos — diz o comerciante.
A agropecuária Só Plantar teve o acesso bloqueado pela água e nem chegou a abrir nesta sexta-feira. Do outro lado da avenida, o cinema Aurea não conseguia receber clientes. Ao lado, um dos acessos ao camelódromo, próximo à Avenida Mauá, também fechou.
O Mercado Público fechou na metade da manhã. O presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Rafael Sartori, diz que o clima estava tenso.
— Alguns guardaram estoque para proteger algo que seja mais valioso, como refrigerados e congelados — conta Sartori, que também é sócio do açougue Santo Ângelo.
A coluna esteve na frente do muro da Mauá, onde em uma das comportas, próxima ao prédio da Secretaria Estadual da Fazenda, a água já vazava entre as barricadas instaladas em frente ao portão. As entidades de varejo, Sindicato dos Lojistas e Câmara de Dirigentes Lojistas, orientam os comerciantes e fecharem as operações e dispensarem funcionários nos bairros centrais, no 4º Distrito e em outras regiões próximas ao Guaíba, já que a previsão é de que a água continue subindo.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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