O prejuízo do setor hoteleiro com a enchente no Rio Grande do Sul ronda o R$ 1,7 bilhão. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Sul (ABIH-RS). O cálculo considera operações fechadas e o turismo de lazer e negócios que deixa de acontecer.
O diagnóstico identificou aproximadamente 70 hotéis com atividades suspensas. Metade deles fica em Porto Alegre. A reabertura tem sido aos poucos e exigirá muita reforma dos estabelecimentos. Prédios tradicionais da Capital terão, por exemplo, que trocar sua estrutura de madeira que ficou estufada pela exposição à água.
— Tem voltado a operar, em média, um por dia. Pode ser que não ocorram muitas demissões porque o setor estava contratando, mas donos de hotéis terão que pegar empréstimos para manter operação — diz o diretor-executivo da ABIH-RS, José Justo.
Já a falta de hóspedes impacta os cerca de 1,5 mil hotéis e pousadas do Estado. Porto Alegre e Caxias do Sul representam 40% da movimentação hoteleira.
— O setor perdeu, em um mês, 70% do público — enfatiza o executivo.
Como o diretor comentou, a hotelaria precisa também de crédito, especialmente com o juro subsidiado prometido por governos. O setor também tem pedido um Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) voltado ao Rio Grande do Sul, que zere impostos federais.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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