Os problemas enfrentados pelas empresas atingem o fornecimento de diversos produtos, chamando mais a atenção quando clássicos ficam mais escassos nos cardápios e nas prateleiras. Entre eles, está a Coca-Cola. Leitores da coluna não encontraram o refrigerante em alguns supermercados ou viram as prateleiras parcialmente preenchidas. Há vários motivos.
A engarrafadora Coca-Cola Femsa em Porto Alegre foi bastante atingida pela cheia e não está em operação. A unidade, bastante visível da freeway, fica Avenida Assis Brasil, no bairro Sarandi. Tanto ela quanto o varejo enfrentam o bloqueio de estradas e o afastamento de funcionários que tiveram suas casas também inundadas.
Em grandes redes, a falta é mais pontual. A venda está ocorrendo em cargas fechadas e em menor quantidade, vindas das unidades de Santa Maria, na Região Central, e de Antônio Carlos (SC). Além disso, muitos fardos acabaram retidos pela água nos próprios centros logísticos das redes de supermercados, sendo perdidos ou tendo a distribuição atrasada.
O pequeno comércio sente mais. Dono de uma lanchonete no centro de Porto Alegre, Clezio Gonçalves não conseguiu fazer pedidos diretos de Coca-Cola à engarrafadora e recorreu aos atacados.
— Muito difícil de achar. Encontrei só no Desco em Alvorada - disse.
Em nota, a empresa disse ter acionado planos de contingência para reforçar o abastecimento do Rio Grande do Sul. A empresa doou 500 mil litros de água potável e R$ 1 milhão em itens essenciais por meio do Ação da Cidadania.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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