Correção: O valor da transação estava exposto no balanço financeiro como R$ 35 mil, mas o correto é R$ 35 milhões. O texto foi atualizado às 19h38min.
Gigante do varejo com sede em Porto Alegre, a Lojas Renner comprou, por meio da sua instituição financeira Realize, o direito de uso das marcas Banco Renner, Renner, Renner Banco e Rennercard. Elas poderão ser utilizadas em produtos e serviços financeiros.
O valor da transação foi de R$ 35 milhões. Procurada, a rede informa apenas que, por enquanto, não há decisão para mudar o nome da Realize. Quem acompanha a atuação da empresa, porém, entende que faz todo o sentido fazer a alteração.
Em 2020, o Banco Renner mudou seu nome para Banco Digimais. Na época, o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, havia assumido, com autorização do Banco Central, o controle da empresa, da qual já possuía 49% de participação.
Em 2017, chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma disputa pelo uso da marca. A corte determinou que a varejista não precisaria indenizar o banco por uso indevido da marca, mas não poderia mais utilizá-la para oferecer produtos financeiros, como linhas de crédito.
O Banco A.J. Renner foi criado em 1981 em Porto Alegre pela família Renner, também fundadora da Lojas Renner. O nome, aliás, era uma alusão a Antônio Jacob Renner, o patriarca e fundador da varejista, que hoje tem controle pulverizado na bolsa de valores. As empresas, portanto, não tinham mais ligação.
É assinante mas ainda não recebe a cartinha semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna