Quase um ano após a coluna noticiar os planos de mudanças, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, em Porto Alegre, passou por poucas alterações. Foi instalada uma loja de lembranças do espaço e lançado um aplicativo de acessibilidade para ajudar visitantes portadores de deficiência.
Segundo o diretor Marcus Vinicius Klein, a exposição “Extinção", prevista para o final de 2023, ficou para a metade de 2024. Ela trará representações de dinossauros e da fauna brasileira. A outra, "Céu e Universo", ficará para 2025, trazendo mais tecnologia, com projeções sobre o universo, simulador de voo e de decolagem de foguete e um espaço que simula a superfície lunar.
O restaurante temático sobre ciência ainda não foi concretizado também, mas Klein diz estar negociando com interessados.
O museu, porém, conseguiu reverter o déficit, ou seja, as despesas pararam de superar as receitas. Klein diz que 2023 foi um ano para acertar as contas. Agora, é possível pagar as contas com a venda de ingresso e realização de eventos no local.
— A bilheteria foi nosso carro-chefe. O público pagante cresceu 23%. A fórmula foi crescer receita e controlar despesas, mas nunca se afastando do propósito de gerar informação, conhecimento e difundir a ciência de uma forma democrática, tanto que continuamos com as visitações gratuitas para escolas públicas — diz o executivo. — Ampliamos os horários e recebemos desde festas de aniversário a colônias de férias e eventos empresariais — completa.
Outra medida para trazer mais dinheiro para o caixa foi investir no "museu itinerante", que são visitas a cidades do Interior com peças iguais às de Porto Alegre. Para os frequentadores, as visitas são gratuitas, porque são pagas por prefeituras e empresas. No ano passado, o museu esteve em 25 municípios, inclusive fora do Estado, como em Campinas (SP) e em Cascavel (PR).
Para investir, o Museu da PUCRS agora pode captar recursos de empresas e pessoas físicas via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. O plano, aprovado no ano passado junto ao governo federal, prevê R$ 7,9 milhões para o primeiro semestre deste ano. As empresas que já fazem parte da iniciativa: Unimed Porto Alegre e Instituto Unimed Porto Alegre; Ventos do Sul Energia; Rio Grande Seguros e Icatu Seguros; e Grupo Ferrarin/Agrofel.
Além das já citadas, o museu também quer ter a exposição “Mulheres na Ciência", prevista para a metade deste ano. Já a "Céu e o Universo" ficará para uma próxima rodada de investimentos.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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