Conhecida pelos parques, Gramado tem previsão de receber dois aquários. Os empreendedores garantem que não há algo parecido com eles no Rio Grande do Sul.
O mais avançado é o Gramado Aquarium, que já conseguiu a licença prévia da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e teve aprovado o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) pela prefeitura. Agora, aguarda a licença de instalação para iniciar as obras. O CEO Rodrigo Prado quer começá-las ainda no primeiro semestre, o que permitiria inaugurar em 2025. O projeto é do Grupo Oceanic, que também é dono de parte do Space Adventure, que expõe itens da Nasa em Canela.
A proposta é fazer um parque com 10 mil metros quadrados de área construída, com investimento de R$ 80 milhões, 300 empregos na obra e outros 250 na operação, que incluirá biólogos e veterinários. Ao todo, os tanques para os peixes e outros animais terão 2,5 milhões de litros de água.
— Teremos 600 espécies. Todos os animais serão de resgate, em parceria com ONGs, ou já criados em cativeiro. As salamandras, por exemplo, são reproduzidas na nossa quarentena em Balneário Camboriú (onde há outro aquário do Grupo Oceanic) — diz Prado. — Teremos 40 áreas diferentes, divididas entre Amazônia, Ártico, Pacífico, medusas, que são as águas vivas, pinguins... Teremos animais marinhos e também terrestres, como o panda vermelho — completa.
Outro projeto com aquário para a cidade é o Gramado Natur Park, tocado pelas empresas Seaquarium Brasil, Aquário de Gramado Natur Park S.A. e Incorporadora Linha Bonita. Este ainda está na fase de análise pela Fepam e pela prefeitura, com aporte previsto de R$ 145 milhões. Em um terreno de 570 mil metros quadrados, em frente ao Vale do Quilombo, o empreendimento também terá um parque natural com área verde.
Um dos seus atrativos serão dois túneis transparentes que atravessam o aquário. Segundo o CEO do Seaquarium Brasil, Reni Puls, serão 400 espécies de rios e lagos do Brasil e dos oceanos, mas sem mamíferos. Os animais serão negociados com outros empreendimentos com aquários espalhados pelo mundo.
— Pesquisas serão conduzidas nas instalações com universidades e outros centros. A ideia é inserir o aquário no meio acadêmico — afirma o executivo, citando pesquisas sobre peixes em risco de extinção.
Quando iniciada, a obra deve durar dois anos. Estão previstos até 200 empregos na construção e até 220 na operação.
Colaborou Guilherme Gonçalves
É assinante mas ainda não recebe a cartinha semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna