Em ótima hora, uma pesquisa gaúcha para combater a dengue é finalista de um programa mundial do banco Santander que apoia universitários empreendedores. Batizada de Mosquitoramento, ela usa inteligência artificial para detectar o mosquito da dengue, captando frequências de voo do Aedes Aegypti fêmea com um processador embutido em um gravador de ondas sonoras. Os dados são enviados para um software que cria uma rede neural, método inspirado no cérebro humano pelo qual computadores "aprendem" a processar informações. Tudo isso resulta em relatórios que apontam a localização da infestação por meio de um aplicativo gratuito.
A ideia é dar agilidade ao poder público e à população para combater a doença. O dispositivo custa R$ 100. O Mosquitoramento já está instalado em São Valentim, cidade do norte do Rio Grande do Sul. Há negociação com a prefeitura de Porto Alegre, mas que enfrenta dificuldade com o uso do áudio captado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) .
O resultado da disputa sai na terça-feira (27), na Espanha, onde fica a sede do Santander. Entre os nove finalistas, há projetos do Chile, Argentina, México, Espanha, Reino Unido, Portugal e Uruguai. A premiação do Santander X Global Award chega a 10 mil euros, valor para o primeiro lugar. A pesquisa gaúcha é de alunos da UFRGS.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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