Nada faz vibrar mais uma fabricante de bebidas do que o calor. Por isso, a Fruki correu para colocar para funcionar antes do verão a sua nova fábrica, construída em Paverama com R$ 178 milhões. O entorno dos 11 prédios ainda está em obra, mas a linha de produção, que a coluna conheceu em primeira mão, já está inflando moldes; enchendo garrafas pet de refrigerante e água; e despachando fardos para o mercado.
A construção começou em fevereiro e a operação iniciou em dezembro. A atual linha será duplicada dentro da mesma estrutura, mas o terreno tem espaço para "espelhar" a fábrica, ou seja, quadruplicaria a produção de hoje. São nove hectares, nos quais parceiros da Fruki poderão se instalar também. Aliás, o salto de capacidade permitirá a fabricação de bebidas para outras empresas, como marcas próprias de varejistas.
A fábrica é um sonho do ex-presidente Nelson Eggers, que conversou com 79 prefeitos antes de bater o martelo sobre a cidade escolhida. O momento é ainda mais especial porque a Fruki comemora 100 anos em 2024. A atual presidente, Aline Eggers, filha de Nelson, conta que a sede continuará em Lajeado, onde a unidade industrial também seguirá operando.
— Mas lá estávamos apertados, precisávamos crescer. Se uma empresa para de crescer, ela começa a encolher — comenta a executiva, que conduziu a visita da coluna junto com a gerente de Relações Institucionais, Fabíola Eggers, o diretor industrial, Julio Nascimento, e o supervisor de Engenharia, Jonas Vargas.
Hoje, 50 postos de trabalho foram criados na fábrica, mas há o potencial de chegar a 500 empregos nas futuras ampliações. Na linha de produção, foi priorizada tecnologia gaúcha. O que não tinha aqui foi buscado na Alemanha e na Itália, dando capacidade para produzir 52 mil garrafas por hora, com um consumo de energia até 30% menor.
Evolução dos produtos
Conhecida pelo tradicional guaraná gaúcho Fruki, a empresa tem diversificado com sucos naturais, energético e até cerveja. Há um carinho especial, porém, quando falam da Água da Pedra. Apesar do mercado que busca bebidas mais saudáveis, o refrigerante ainda é o carro-chefe, junto com a água mineral.
— O consumidor manda no que será produzido. Fazemos um planejamento de três meses para evitar falta de produto, com ajustes frequentes — conta a presidente Aline Eggers.
Sustentabilidade
Os técnicos falam entusiasmados das premissas de sustentabilidade da operação. Há redução do uso de cola no rótulo, fardos com menos plástico, garrafas com menos resina e, em breve, serão investidos mais de R$ 4 milhões em um projeto para reduzir o tamanho da tampa. O novo laboratório de desenvolvimento tem R$ 1 milhão em equipamentos. Responsável pela política de sustentabilidade da empresa, a gerente Fabíola Eggers ainda lembra que seu pai, Nelson, implementou a estação de tratamento de efluentes na Fruki na década de 1980.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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