O novo centro de tecnologia voltado a pesquisa e desenvolvimento para a indústria do agronegócio será construído pelo Senai no Rio Grande do Sul com investimento que supera R$ 100 milhões. A instituição venceu uma seleção da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O contrato deve ser assinado em dezembro. O local está sendo negociado com prefeituras e o governo do Estado, mas a tendência é de que seja em alguma cidade da Região Metropolitana.
- Será um centro de competência em hardware para agroindústria, para ajudá-la a ser mais competitiva - informa o diretor do Senai-RS, Carlos Trein, que integra comitiva gaúcha na Agritechnica, feira de tecnologia agrícola na Alemanha, que a coluna acompanhou ao longo da semana passada.
O executivo cita, por exemplo, a busca por avanços na agricultura de precisão, que já é uma forte aposta das fábricas gaúchas. Ela permite pulverizações assertivas, escolha adequada do químico, entre outras medidas que reduzem insumos e gastos. O objetivo do centro também será desenvolver pessoas, acrescentou o gerente da Divisão de Tecnologia e Inovação do Senai-RS, Victor Gomes.
- Para desenvolver novas tecnologias, precisamos desenvolver pessoas. O encontro de pessoas de cursos de doutorado e de mestrado com aquelas que vêm com experiência da indústria leva a uma convergência que eu chamo de pessoas de ciência e tecnologia. O instituto vai ser a extensão da empresa, desenvolvendo tecnologia que talvez tivéssemos que buscar em países como Japão e Alemanha - comentou Gomes entusiasmado com o projeto durante entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH.
Com presença forte na Agritechnica, a digitalização no campo será impulsionada pela nova estrutura, sinaliza o gestor do Instituto do Senai de Inovação em Sistemas de Sensoriamento, Vitor Nardelli. Há treinamentos direcionados que mostram como usar a tecnologia ou mesmo incrementá-la. O centro, porém, terá por objetivos pensar o longo prazo, formar pessoas e estimular startups, com uma infraestrutura de laboratórios para que essas intenções sejam atendidas.
- São tecnologias que ainda nem sabemos o nome. Entre os profissionais, teremos principalmente pesquisadores, com integração com professores de universidade e novos empreendedores - exemplifica Nardelli.
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* A coluna viajou à Agritechnica a convite da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul)
Leia o que já foi publicado sobre a feira em Agritechnica.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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