Por 25 anos, Achim Schudt, alemão de Frankfurt, foi agropecuarista no interior de São Paulo. Foi quando passou a ser chamado de “Joaquim”, mais fácil para os brasileiros. Por questões familiares, saiu do campo, mas o campo não saiu dele. Hoje, dá consultoria para investidores europeus que querem ter fábricas ou comércio no Brasil voltados ao agronegócio. Ele conversou com a coluna durante a Agritechnica, feira de tecnologia agrícola aqui em Hannover, na Alemanha.
O que eles buscam no Brasil?
Seja alemão, austríaco, suíço ou italiano, eles querem entrar neste mercado grande que é o Brasil, com 200 milhões de habitantes, e que tem uma boa vizinhança, com outros países que crescem também na agricultura, como Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile. É quase o mesmo peso do mercado europeu. O terreno no Brasil e na Argentina também é espetacular.
E o Rio Grande do Sul os atrai?
É fantástico, porque tem uma cultura já bem mais europeia, com italianos e alemães. Não que são melhores, mas têm trabalhado muito na agricultura e nas tecnologias que podem ajudar o Brasil inteiro.
Qual a principal dificuldade quando investem no Brasil?
A burocracia é grande e a política poderia ajudar, facilitar, mas não se envolver tanto. Gostaria que fosse mais liberal (no sentido econômico) sem se envolver em todos os detalhes.
Considerando o tema do evento “Produtividade verde”, no que as máquinas agrícolas mais avançaram neste sentido?
Estão mais responsáveis com a natureza, para usar menos veneno, respeitar o planeta do futuro e a humanidade.
Ouça a entrevista na íntegra:
* A coluna viajou à Agritechnica a convite da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul)
Leia o que já foi publicado sobre a feira em Agritechnica.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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