Faz pouco que a Belshop abriu sua primeira “loja butique”, como chama a unidade do Moinhos Shopping, com foco em importados, como maquiagens e perfumes. A varejista de cosméticos começou no Centro Histórico de Porto Alegre e está com 41 unidades, sendo que 80% têm um salão de beleza dentro. Para 2024, o plano é abrir mais cinco, diz o fundador Renato Pereira. Ao menos uma delas será no modelo desta última, que recebeu investimento de R$ 1 milhão e tem seis funcionários.
— Abrimos para atender um público mais seletivo. É um experimento para saber se estendemos esses produtos para outras lojas, como a do Iguatemi, onde podemos até abrir outra, com perfil diferente — explica o empresário.
A próxima “loja butique” está sendo negociada com um shopping de Santa Catarina, não revelado por Pereira. No Estado vizinho, a marca possui sete operações, mas a maioria fica mesmo na capital gaúcha. Só no Centro Histórico, está em cinco endereços.
— O ano em que mais abrimos loja foi 2019, foram sete. A rede cresceu 25% naquele ano. Investimos muito e veio a pandemia. Não chegamos a fechar lojas, mas foi um período terrível. Então, o ritmo de abertura está mais lento — explica, acrescentando que, em 2023, foram três unidades e deseja agora ampliar a presença da marca na zona sul de Porto Alegre, onde possui uma loja, no BarraShoppingSul.
Projeto acadêmico
Em uma atividade do mestrado de Administração na PUCRS, Renato Pereira teve que criar um projeto de empresa que ainda não existisse no Brasil. Como já trabalhava no varejo, montou um plano de negócios no qual, além de vender os produtos — no caso, cosméticos —, a loja ofereceria serviço no mesmo espaço. Em 2000, criou a Belshop e largou o mestrado. A primeira loja existe até hoje e fica na Praça Dom Feliciano.
— No meio no qual atuamos, a marca já é bastante conhecida. Recebemos convites de shoppings do Brasil inteiro, mas por estratégia temos que ir com calma, primeiro nos consolidarmos onde já estamos — pondera.
A empresa tem 330 funcionários e 300 pessoas com contratos de micro empreendedor individual (MEI) para trabalhar nos salões de beleza. Todas as lojas são próprias e não há planos para abrir franquias. Apesar de estar bem no varejo físico, Pereira reconhece que precisa investir mais no e-commerce, um dos planos da empresa para o próximo ano.
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna