Pequenas, médias e grandes empresas saíram devastadas da enchente, assim como cidades do Vale do Taquari. Para que reconstruam seus negócios, eles têm algumas necessidades parecidas, enquanto outras são peculiares do seu porte. O Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, ouviu três empresários. Na entrevista, a coluna perguntou o que precisam para a retomada. Confira trechos e ouça a íntegra das entrevistas no final da coluna.
Henrique Machado Zortéa, proprietário do Empório das Frutas, de Roca Sales
"Precisamos de qualquer coisa de doação para lojas, porque ajuda temos, graças a Deus, com voluntários vindo todos os dias. O meu vizinho tinha uma sala locada, mas acabaram não vindo e eu vou conseguir pegá-la para mim. Acredito que, em uns 15 dias, conseguiremos inaugurar a loja. Vamos vendo aqui o que um colega precisa, o que comerciante precisa, para irmos nos ajudando. O que vier será bem-vindo."
Regis Lopes Arenhart, sócio-administrador da Lajeadense Vidros, de Lajeado
"Quando nosso pessoal conseguiu acessar a empresa, todo mundo se abraçou e falou em reconstruir. Toda ajuda até agora foi bem-vinda, ficamos dias tirando lodo e agora estão conseguindo chegar às máquinas para ver o que se consegue voltar a operar agora. Para nós, é necessária uma definição das linhas de BNDES. Autoridades estiveram aqui, muito solidárias, precisamos de apoio governamental para todas as empresas do Vale do Taquari. Já tivemos reuniões com o nosso sindicato para um olhar especial para o emprego e a renda. Isso é fundamental para as empresas tentarem ao máximo manter o quadro de funcionários."
Angelo Fontana, conselheiro da Fontana S.A, de Encantado
"O governo federal e o estadual têm que dar uma olhada especial para essas 10 ou 12 empresas da região que são alavancadoras da economia. O auxílio de R$ 1 bilhão vai ser rateado em 90 municípios em estado de calamidade. R$ 2,5 milhões pode ajudar, mas será muito pouco para a retomada das empresas. Mas todos têm vontade de reconstruir, de ajudar a cidade. Meu receio é o 'repé', ou seja, a depressão ou o sentimento de esquecimento das pessoas quando estiver tudo mais calmo. Para nós, não vai acabar. Temos agora que retomar as construções de casas e no atendimento interno delas, com geladeira e fogão. Temos que mobilizar essas ações também para as comunidades."
Ouça as entrevistas na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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