O Rio Grande do Sul terá três usinas de amônia e hidrogênio verdes. A primeira, já divulgada há alguns meses, ficará na Universidade de Passo Fundo (UPF). As outras duas, provavelmente, serão instaladas nos municípios de Tio Hugo e Condor. A ideia é ter 20 fábricas pelo país, disse ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, Luiz Paulo Hauth, sócio da Begreen.
A amônia verde será feita do hidrogênio proveniente de água e não mais do gás natural, que é fóssil. O mercado das 2 mil toneladas produzidas ao ano será o agronegócio, com a fabricação de fertilizantes e com a promessa de aumentar em 20% a produtividade das lavouras com a aplicação da amônia verde líquida, reduzindo custo e emissão de gás carbônico.
A usina-escola de Passo Fundo terá investimento de R$ 50 milhões, com parte de capital estrangeiro. A operação deve começar em junho de 2025. Hauth conta que não será necessário construir um prédio, porque os equipamentos ficam em estruturas parecidas com contêineres.
- A maior parte do valor investido é para comprar um eletrolisador - explica.
A reitora da UPF, Bernadete Maria Dalmolin, conta que a ideia, que teve contrato assinado na última semana, surgiu no encontro de um técnico da instituição com Hauth na feira Expodireto.
- É algo novo, nos questionamos se teria risco, mas, ao falarmos com a cadeia do agro, vimos que era algo desejado. Então, buscamos viabilizar. As universidades precisam aprofundar o investimento em inovação - acrescenta Bernadete.
Com sede em Panambi, a Begreen surgiu da fusão entre Migratio Bionergia, Phama Energias Renováveis e Torao Participações. A usina-escola integra o Projeto Amônia Verde, que é uma ação do TecnoAgro.
Ouça a entrevista ao programa Acerto de Contas:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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