Um investimento de quase R$ 700 milhões começará a ser executado nos próximos dias no Rio Grande do Sul, quando a ISA CTEEP der início às obras dos 115 quilômetros de linhas de transmissão de energia que construirá na serra gaúcha. A licença foi liberada pela Fepam. Serão mais de 1,3 mil empregos. A empresa tem a colombiana ISA como acionista controlador. O diretor-executivo de Projetos, Dayron Urrego, detalhou o Projeto Minuano ao podcast Nossa Economia, de GZH. Veja trechos abaixo e ouça a íntegra no final da coluna.
Qual a relevância do projeto para o setor energético?
As obras da subestação já estão em etapa final em Caxias do Sul, que será a maior do setor. As linhas terão vários níveis de tensão, o que significa que é um sistema bem robusto. Vão contribuir para a segurança energética de toda a Serra, permitindo o escoamento de maior quantidade de energia.
São para resolver um gargalo que existe ou projetando demanda futura?
As duas coisas. Neste momento, o sistema, que tinha um atraso na construção de linhas, é suportado por medidas paliativas. E, no futuro, vai poder se conectar maior quantidade de geração.
O que a empresa já tem no RS?
A ISA CTEEP é uma empresa de transmissão de energia elétrica. Estamos em 18 Estados, principalmente na alta tensão: 230 mil quilovolts para cima. Atendemos mais ou menos 25% da energia transportada em todo o Brasil. Nós chegamos para ficar. Não somos uma empresa aventureira, que chega, constrói e depois vai embora. Nosso compromisso com a região é chegar, construir, trabalhar com mão de obra local, ser bons vizinhos e desenvolver as regiões.
No RS, cresce, o movimento para produzir hidrogênio verde, enquanto se aguarda a regulação da energia eólica offshore (aerogeadores em água). Como a empresa vê esses mercados?
A energia renovável não convencional é o futuro. O Brasil está caminhando a passos gigantes. O potencial que vocês têm no Sul é extraordinário. Quanto ao offshore, ainda falta alguns anos para desenvolver a tecnologia, mas também têm muita possibilidade onshore (aerogeradores em terra). Vai se conectar no sistema robusto como o que estamos desenvolvendo. Tem outras tecnologias que se complementam, como baterias. A ISA CTEEP já implementou o primeiro banco de baterias em grande escala aqui no Brasil. Esse tipo de tecnologia poderia ser implementado em um futuro próximo também no Rio Grande do Sul para complementar todo esse grande desenvolvimento que virá daqui a pouco.
Como serão abertos os 1,3 mil empregos?
Será pela construtora, que vai contratá-los. A mão de obra é local. Será aberto um canal com as comunidades, pelo qual poderão tirar dúvidas.
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Assista ao vídeo da entrevista:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna