Uma das startups no RS Innovation Agro, na Expointer, foi a Insect Protein, que faz farinhas e fertilizantes a partir de insetos, para serem usados em plantas e na alimentação de animais, inclusive de estimação. O objetivo é oferecer proteína, garantindo que usa menos água e energia, além de emitir menos gases de efeito estufa. Os fundadores Adriana Bender e Mauro Ávila sonham em ter uma biofábrica (unidade produtiva com produtos, processos e tecnologia de origem biológica), contaram na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
- Usamos a larva do besouro Tenebrio Molitor, que parece um cascudinho desses que vemos na rua, mas não é o mesmo. A larva tem mais de 50% de proteína - diz Ávila.
A ideia surgiu em 2021 quando assistiam ao Globo Rural sobre o inseto. Então, convidaram como sócio Lucas Vilella, que é zootecnista.
- Queríamos algo na área da agricultura sustentável. Então, começamos na garagem de casa, como os besouros são criados em bandejas, é uma fazenda vertical - comentou Adriana.
São estantes cheias de bandejas. O inseto fica em cima do farelo de trigo, que é a cama e o alimento dele. É acrescentada apenas a fonte de umidade, que são vegetais e legumes que os humanos já não comem. O Tenebrio Molitor veio da Europa em cargas de trigo e é tratado como praga, combatido nos moinhos.
- Nutricionalmente, ele é de altíssima qualidade. Tem um perfil de aminoácidos muito completo - acrescenta Ávila.
Ouça a entrevista completa com os empresários:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna