Com a ideia de já ter produção e consumo de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul daqui a cinco anos, será lançada nesta quarta-feira (30) aqui na Expointer, pelo governo gaúcho, uma política de incentivo no Rio Grande do Sul. O decreto vai da criação de diversos comitês à identificação do que ainda não está previsto em lei. No fundo, a ideia é mostrar que os empreendimentos terão prioridade de análise, licenciamento e benefícios para que o setor deslanche.
O combustível é gerado a partir de energias renováveis, principalmente a eólica. A cadeia do hidrogênio verde tem potencial de agregar R$ 62 bilhões ao PIB gaúcho e gerar 41 mil empregos. Estados do Nordeste já estão na disputa pelos gigantes investimentos estrangeiros. Com a política local, o Rio Grande do Sul quer entrar na disputa para atraí-los para cá.
— Estudo mostra a viabilidade econômica e a implantação possível em curto espaço de tempo, além de já termos memorando e protocolos que aproximam esses atores (empresas e órgãos que formam a cadeia econômica) — diz a secretária Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.
O anúncio já havia sido antecipado pela coluna no final da semana passada. Na ocasião, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, disse acreditar que a energia eólica gerada em terra já seria suficiente para produção de hidrogênio verde, enquanto se aguarda a autorização para instalar, no Brasil, os aerogeradores em água.
O hidrogênio como combustível é obtido da quebra da molécula da água por reações químicas a partir da força elétrica, ou seja, precisa de energia para fazer esta energia, que tem a vantagem de poder ser transportada e, portanto, exportada. Quando a fonte é renovável, o hidrogênio é considerado "verde", cobiçado pela Europa.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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