A indústria do Rio Grande do Sul fechou o primeiro semestre de 2023 com o segundo pior resultado do país. As fábricas reduziram em 6% a produção na comparação com o ano passado, atrás apenas da queda de 6,2% do Ceará, segundo a pesquisa do IBGE.
Pelo detalhamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), 80% dos ramos da indústria gaúcha não conseguiram crescer no período. As maiores retrações foram nos segmentos de metalurgia (-15,6%), produtos de metal (-16,7%) e derivados de petróleo (-20,4%). No período, tivemos a parada de manutenção da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, além de novas suspensões de produção no complexo da General Motors (GM), em Gravataí. Na outra ponta, a produção de bebidas e de fumo foi destaque positivo.
Apesar do resultado do semestre, a queda desacelerou no segundo trimestre. Foi de -3%, contra -9,1% do primeiro trimestre do ano. Para os próximos meses, há uma aposta de melhora a partir da redução da taxa de juro, que começou a ser feita pelo Banco Central na semana passada. Pelo comunicado e pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), são esperados novos cortes de 0,5 ponto percentual, com a Selic fechando o ano em 11,75%. Vendas de veículos, por exemplo, dependem bastante do crédito.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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