Para suportar os 200 novos produtos e mais mercados no país e no Exterior, a Fritz & Frida ampliará a produção e a distribuição. A marca era da Fröhlich, comprada no final de 2021 pela Delly's Food Service, empresa de Jaraguá do Sul (SC) com 35 pontos de distribuição pelo Brasil, 800 caminhões e 1,8 mil vendedores. No Rio Grande do Sul, são 1.183 funcionários. A expansão foi detalhada pelo presidente da Delly's, Alessandro Chiaramitara, em entrevista ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha. Confira trechos abaixo e assista à integra no final da coluna.
Quais os próximos investimentos no Rio Grande do Sul?
É um Estado prioritário para nós, tanto pelas culinárias que se misturam quanto pela presença da marca Fritz & Frida. Nossa ambição é exportá-la para o resto do Brasil, vemos um potencial enorme. Obviamente, vai demandar mais capacidade produtiva, mais investimentos na fábrica. Compramos a Johann, que é uma distribuidora forte de Estância Velha. Hoje, o Rio Grande do Sul é a nossa maior operação, com 20% dos R$ 5 bilhões de faturamento da Delly's, que é a maior distribuidora de food service do pequeno varejo do Brasil.
Como fazer a marca ter a mesma relação com os demais brasileiros?
A qualidade. É a marca da dona de casa, do lar do gaúcho. Estamos fazendo a expansão investindo em vendas. Já estamos em Santa Catarina, no Paraná, em São Paulo e em Minas Gerais. Estamos investindo em marketing. Vamos patrocinar a Oktoberfest em Blumenau com a pipoca Fritz & Frida. Lançamos 200 produtos e agora temos 850.
Tudo produzido em Ivoti?
A maior parte sim, 70%. Mas todos saem da operação gaúcha. Lentilha, por exemplo, é importada, mas manufaturada em Ivoti, que está exportando para o Brasil e levará para o mundo. Daqui a um ano, começaremos a operação no Uruguai e no Chile.
Como será a ampliação?
Vamos ampliar nosso centro de distribuição, comprar caminhões, renovar frota e inaugurar, daqui a nove meses, o nosso Centro Técnico Culinário no Rio Grande do Sul, em Estância Velha, onde vamos ter uma cozinha com panificação, sorveteria e confeitaria para levarmos clientes e treinar a equipe de vendas. Acabamos de investir em duas linhas novas de produção. Vamos também duplicar a nossa capacidade de processamento de feijão e arroz. Tudo isso dentro de 12 meses, com investimento de R$ 5 milhões a R$ 7 milhões.
Como a Delly's sente o cenário econômico, de queda do juro e da inflação após forte alta?
A grande missão é fazer a distribuição para o pequeno empreendedor, o dono do restaurante, do açougue, da padaria, que sofreu muito na pandemia e com o aumento forte no preço das commodities e dos insumos. Mas o food service é resiliente, se reinventa e está se restabelecendo, com uma gestão melhor do negócio. Com a deflação, tem mais condições de competir no mercado.
Assista à entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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