A Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da Comesul Beef, frigorífico de Pantano Grande, no Vale do Rio Pardo. O endividamento da empresa é de R$ 47 milhões, principalmente com fornecedores, mas há também processos trabalhistas na lista de credores.
No despacho, a juíza Cleusa Maria Ludwig, da comarca de Rio Pardo, fala que a empresa "demonstrou as causas concretas da situação patrimonial e as razões da crise econômico-financeira". Em outro trecho, cita a argumentação da empresa sobre a escassez e o encarecimento de insumos "a exemplo de animais vivos e óleo diesel, o que ensejou investimentos para a compra de veículos e adequações ambientais e trabalhistas, os quais tem se avolumado em razão do aumento dos juros".
A administração judicial fica com o escritório Von Saltiél. Já a empresa é representada pelo advogado Guilherme Nozari, do escritório MSC Advogados.
— Importante destacar que a empresa segue em funcionamento. São mais de 300 empregos diretos na comunidade. Empregos atuais estão todos preservados e os salários não estão atrasados — disse Nozari à época do pedido de recuperação judicial.
Com o deferimento da Justiça, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. A Comesul tem um parque industrial de 6 mil metros quadrados de área construída em Pantano Grande. Atualmente, produz mais de 100 tipos de produtos. Além da MSC Advogados, também trabalha no processo de recuperação a empresa Conwert Gestão Empresarial.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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