É assunto importante para os governos estaduais, mas gerou frustração o anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamado para a tarde de ontem. A expectativa do quórum era de que fosse sobre a nova âncora fiscal, que substituirá o teto de gastos, mas a fala era sobre compensação financeira dos Estados.
Questionado assim que deu o primeiro respiro do discurso, Fernando Haddad disse que não falará antes de apresentar o novo modelo ao presidente Lula, o que deve ocorrer na semana que vem. Nos últimos dias, o ministro tem feito uma peregrinação por ministérios apresentando a proposta construída pela sua equipe econômica.
Obviamente pressionado mais um pouco sobre o assunto, apenas disse que a nova regra fiscal é "simples", mas que é necessário "ter cautela" para não impactar o mercado. Afirmou que notícias assim mexem com "humores" e fazem pessoas ganharem e perderem dinheiro. Nisso, Haddad tem muita razão.
Desse arcabouço fiscal, dependem as contas públicas (federais e dos entes que dependem delas também), inflação, dólar, juro, crédito, investimentos travados de empresas de todos os setores, dinheiro estrangeiro, bolsa de valores, crédito, inadimplência do consumidor e, claro, o PIB brasileiro.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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