O novo centro de distribuição do Grupo Panvel, em Eldorado do Sul, mais do que duplicará a capacidade logística da operação. Além disso, criará 400 empregos, contribuindo para uma grande marca que a empresa alcançará em breve: passar dos 10 mil funcionários. O investimento foi de R$ 30 milhões e será suficiente para sustentar a expansão da distribuidora e da rede de farmácias, provavelmente, pelos próximos cinco anos. A estrutura será inaugurada na segunda-feira (13), mas a coluna foi recebida pela diretoria da empresa para conhecê-la antecipadamente. Confira abaixo trechos da entrevista ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, e a íntegra no final da coluna.
Diretor de Operações, Roberto Coimbra:
O que o novo centro representa na expansão?
Para dobrar a capacidade aqui, a área nova terá 11 mil posições de paletes. No complexo anterior, tínhamos menos de 5 mil, com separação de 500 mil unidades todos os dias. Com o investimento, vamos nos capacitar para chegar a um milhão de itens, como uma caixa de remédio ou um frasco de xampu, separados aqui e entregues em todas as lojas e clientes da distribuidora.
São quantos centros de distribuição?
Esse em Eldorado do Sul, que começamos a operar em 2014, e o de São José dos Pinhais, no Paraná, que tem área e capacidade semelhante. Com os dois últimos investimentos, que somam R$ 60 milhões, garantimos capacidade para cinco anos. A logística é fundamental para nós. É importante entregar de um dia para o outro ou no mesmo dia. Temos, nas nossas 557 lojas, em torno de 120 que fazem entrega em casa.
Qual a expansão planejada pela empresa?
Concluímos 2022 com 60 novas lojas. Quando soma com 2021, são 120 lojas. Para fazer essas aberturas, foram R$ 200 milhões. Nós pretendemos seguir esse plano nos próximos anos.
Diretor de Finanças, Antônio Napp:
O crédito já estava caro e o escândalo da Americanas piorou, especialmente para o varejo. Como a Panvel lida com o endividamento?
Temos uma situação bastante confortável. Fechamos o ano com uma dívida bastante baixa, inferior a meia vez o nosso Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Isso nos coloca em uma posição competitiva. Olhamos com cuidado para gestão do caixa, na ponta do lápis, para trabalhar bem prazos e estoques. Para cada loja que abrimos, o investimento médio é de R$ 1 milhão. Além disso, temos o estoque entre R$ 500 mil e R$ 600 mil. Vou desembolsar R$ 1,5 milhão por loja, investimento que temos que manter para o ritmo (anual) de 50 a 60 novas unidades. E temos toda a preocupação na manutenção das que já existem. Expansão é fundamental? Sim. Porém, se você descuidar do seu legado, não vai conseguir dar resultado.
O foco da expansão será em qual Estado?
Nos três do Sul. Ainda temos expansão na capital São Paulo, mas, proporcionalmente, nós começaremos a abrir mais no Paraná e em Santa Catarina do que no Rio Grande do Sul. O mercado segue fragmentado. Ainda tem muita oportunidade. No terceiro trimestre do ano passado, tínhamos mais de 20% do mercado gaúcho. Em Santa Catarina e no Paraná, nossa fatia de mercado é de aproximadamente 6% em cada.
Ouça a entrevista na íntegra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna