Em um ano de altos e baixos ao longo dos meses, a venda de veículos fechou 2022 com queda de 2,38% no Rio Grande do Sul. Foram cerca de 150 mil unidades, aproximadamente 3,7 mil a menos do que em 2021. O resultado vem na contramão do país, que teve avanço de 4,88% na comercialização.
Apenas ônibus e motos tiveram crescimento de vendas nas revendas gaúchas. No caso dos ônibus, a base de comparação é baixa, com a queda dos anos anteriores. Já motos têm apresentado bom desempenho desde a pandemia, com um valor mais acessível do que um carro. Automóveis de passeio, comerciais leves, caminhões e implementos rodoviários tiveram vendas menores no acumulado do ano. No país, além dos ônibus e motos, também cresceu a venda de automóveis.
O cenário nacional ainda foi de alta de custos dos insumos, aumentando preço de veículos. Além disso, o juro seguiu alto, encarecendo a compra a prazo, e o consumidor, endividado. Nacionalmente, esses desafios foram superados, mas o presidente do sindicato que representa as concessionárias de veículos, Sincodiv/Fenabrave-RS, Paulo Siqueira, volta a dizer que o Rio Grande do Sul tem políticas que afetam a competitividade.
- Algumas mudanças de natureza tributária já foram implementadas, como o uso de excedentes tributários do ICMS-ST e redução da alíquota do imposto. Porém, temos perdido posição nos emplacamentos a cada ano. Estamos na sétima colocação, enquanto ocupávamos a quarta há uma década.
Importante lembrar que a economia do Rio Grande do Sul sentiu o baque da estiagem em 2022. É provável, inclusive, que o PIB venha negativo quando for divulgado o fechamento do ano.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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