O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
O ano de 2022 foi de consolidação do Pix, o sistema de pagamento instantâneo e digital do Banco Central (BC), admitido como uma revolução bancária. No Rio Grande do Sul, ao longo dos últimos 12 meses, foram 915,67 milhões de transferências utilizando o sistema. Desde março, mês após mês o sistema vem batendo recorde de uso. Só em dezembro agora fora 112,84 milhões de transações no Estado, de acordo com o levantamento enviado à coluna pelo BC.
Em termos monetários, no ano que passou foram movimentados R$ 493,43 bilhões no Estado com o Pix. Dezembro também teve o destaque, com um volume financeiro de R$ 56,85 bilhões nas transações em solo gaúcho. No Brasil, no mesmo mês, mais de R$ 1 trilhão foi movimentado. Aqui pesa as compras de final de ano e também o pagamento da segunda parcela do 13º salário.
Os bons números e recordes demonstram, primeiramente, um sucesso do sistema de pagamento instantâneo que começou a funcionar em novembro de 2020. Também mostra que, além de ter mais pessoas aderindo o Pix, mais empresas e serviços começaram a aceitar essa modalidade nos pagamentos. Desde o lançamento do programa até hoje, 7,08 milhões de usuários pessoa física no Rio Grande do Sul já fizeram pelo menos uma transação com o Pix. Já empresas foram 745.247.
Agora para 2023, os números acima poderão subir. Isso porque novas regras, que entraram em vigor no começo do mês, dão mais autonomia para os usuários de Pix - além de segurança, um quesito importante e bastante discutido desse meio de pagamento. Entre as novidades, o limite individual por transação deixou de existir (só se manteve o diário), o horário noturno passou a ser personalizado e os valores das modalidades Pix Saque e Pix Troco aumentaram.
Para o futuro, o Banco Central trabalha em um Pix Internacional, para transações entre países, e em que vão permitir que se faça um Pix mesmo que um dos dois usuários envolvidos na transação estejam sem acesso à internet, e que haja parcelamento pelo sistema de pagamento — algo que já é oferecido por algumas instituições privadas, mas que contará com o trabalho do BC. Para essas três novidades, ainda não há prazo para implantação.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna