Após altos e baixos ao longo dos meses, incluindo momentos de deflação, a inflação de Porto Alegre fechou 2022 em 3,06%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) é calculado pela Fundação Getulio Vargas em sete cidades do país. A média nacional ficou em 4,28%. O indicador da capital gaúcha foi o menor, puxado pela volta das alíquotas de ICMS ao patamar anterior, após terem ficado anos majoradas no Rio Grande do Sul.
Aliás, impostos permitiram o recuo da inflação no país no ano passado, após ter ficado em dois dígitos em 2021. Na metade do ano, foram zerados tributos federais e cortadas alíquotas de ICMS para combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
- Esses itens encabeçam a lista de influências de queda sobre a inflação de cidades, incluindo Porto Alegre - salienta André Braz, coordenador da pesquisa de preços da FGV.
As principais pressões não necessariamente são as altas ou baixas mais intensas. A inflação é calculada com pesos diferentes para cada item. A gasolina, por exemplo, caiu menos de preço do que a conta de luz, mas ela pesa mais na inflação geral ao consumidor.
Principais pressões de queda no IPC-S:
Gasolina -29,88%
Conta de luz -35,02%
Combo telefonia, internet e TV por assinatura -4,65%
Mensalidade para internet -8,27%
Músculo (corte de carne) -15,42%
Principais pressões de alta:
Passagem aérea +71,65%
Licenciamento do IPVA +24,87%
Refeições em bares e restaurantes +10,83%
Taxa de água e esgoto residencial +13,20%
Automóvel novo +8,77%
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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