Enquanto não se decide se prorroga ou não a isenção dos impostos federais sobre combustíveis, a gasolina já subiu em vários postos do Rio Grande do Sul. Distribuidoras seguraram estoques, chegando a dificultar a compra por algumas revendas, especialmente de bandeira branca, para poder cobrar mais ali na frente. Há, ainda, empresas que também anteciparam o aumento, aproveitando o período de alta demanda, com as viagens de Natal e Ano-Novo. Postos em trajetos que vão para o Litoral e Serra são onde mais se identifica reajustes, que chegam a R$ 0,40. O etanol até subiu recentemente, mas nem perto dos reajustes que os consumidores sentiram nos últimos dias. Não chega a ser um aumento generalizado, o que abre espaço para a pesquisa por um preço menor.
Ontem, saiu primeiro a notícia de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinham chegado a um acordo pela prorrogação. Depois, a informação era de que Haddad pediu para que se retomasse a cobrança, afinal tem muito gasto previsto no horizonte. Ao fim e ao cabo, o fim da isenção de PIS/Cofins e Cide agora em dezembro representa, no caso da gasolina, elevação de R$ 0,68 por litro. Para diesel, a alta seria de R$ 0,33 e, no etanol, R$ 0,24.
Os impostos federais estão isentos para os combustíveis desde a metade do ano, por lei aprovada no Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro. A mesma norma determinou o corte de ICMS, gerando discussão sobre o impacto na arrecadação dos Estados. Acordo entre governadores e União, homologado no Supremo Tribunal Federal (STF), retira a gasolina como item essencial, o que permitirá a cobrança de uma alíquota maior. Porém, o percentual deverá ser o mesmo para todos os Estados e ainda demorará a ser definido.
Pelo último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina no Rio Grande do Sul está sendo vendido, em média, por R$ 4,76. É a quinta semana consecutiva de queda.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna