Após uma queda em agosto, o número de empresas com dívidas atrasadas no Estado voltou a crescer em setembro, na comparação com o mês anterior. Foram 351.853 negócios inadimplentes, 1.936 a mais do que em agosto, de acordo com levantamento da Serasa Experian enviado à coluna. As contas vencidas, somadas, batem os R$ 7,83 bilhões, o maior montante desde abril de 2021.
Apesar do aumento no valor total da dívida, e também do crescimento frente a agosto, o número de empresas inadimplentes caiu em relação a setembro do ano passado. São 34,7 mil a menos. São também 38,1 mil a menos do que no mesmo mês de 2020, quando havia fortes restrições pela covid-19. Inclusive, há uma queda em relação ao período igual de 2019. Ou seja, em termos que quantidade de empresas, setembro de 2022 está em patamar menor do que no pré-pandemia.
O que explica o aumento na somatória das dívidas é que, cada conta atrasada ficou mais cara. O valor médio de cada uma das 3,4 milhões de dívidas fica em R$ 2.302,86. É o maior valor da série histórica do Serasa Experian, desde janeiro de 2019. Cada empresa inadimplente tem, em média, 9,7 contas atrasadas a pagar. Isso significa que, cada negócio deve, em média, R$ 22.268,37.
Lembrando que endividamento não é o mesmo que inadimplência: no primeiro caso, refere-se a qualquer conta em dívida (inclusive parcelamento de compras). Já a inadimplência se dá quando a dívida não é paga.
No Brasil, são 6,3 milhões de negócios com contas negativadas em setembro. A maioria das dívidas foi contraída pelos empreendedores no setor de Serviços seguido pelo segmento de Bancos e Cartões.
Micro e pequenas empresas
Também cresceu o número de micro e pequenas empresas inadimplentes. Foram 316.227, contra 314.932. Em setembro de 2021, eram 356.967. Ou seja, em um ano, houve uma redução de praticamente 40 mil pequenos negócios com contas atrasadas.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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