Lula já sabe o que vai acontecer com o mercado financeiro se não der logo sinais claros e concretos. Com receio de uma política econômica heterodoxa, a bolsa de valores pode despencar e, o que é ainda mais sensível é até pior para um cenário inflacionário, o dólar vai disparar. Os preços até recuaram nos últimos meses com o corte de tributos, mas a inflação ainda está bem acima da meta.
A grande expectativa é quanto ao nome que comandará o Ministério da Economia. Há alguns e todos agradam o mercado financeiro no geral, mas a grande aposta é Henrique Meirelles. Então tucano, ele foi chamado para comandar o Banco Central na turbulência financeira gerada pela eleição de Lula para o primeiro mandato e ficou à frente da autoridade monetária por anos.
Ele apareceu agora no primeiro turno da campanha de 2022 e acalmou os investidores de imediato. Desde então, vem dizendo que na campanha se dizem "coisas", se referindo às falas de Lula sobre acabar com o teto de gastos, que o próprio Meirelles criou quando era ministro da Fazenda de Michel Temer, emendando que isso seria um equívoco.
Desequilíbrio de contas públicas desemboca em inflação, alta de juro e, sim, aumento de imposto. O que vai ser difícil é abraçar todas as promessas de campanha, que vão da redução forçada nos preços dos combustíveis à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Por outro lado e em tempo, o varejo espera, para um primeiro momento, uma onda forte de consumo.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo de GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.