Rede com mais de 300 unidades e sede em Eldorado do Sul, a Lojas Lebes entrou no Paraná. A operação no novo mercado foi aberta nesta semana, em Flor da Serra do Sul. A empresa já atua em Santa Catarina, onde está com forte expansão, e, claro, no Rio Grande do Sul. A ampliação deste ano está recebendo um investimento de R$ 20 milhões, com geração de 350 vagas, que se somam aos 3 mil empregos que a empresa gera hoje. Por enquanto, as lojas são abastecidas pelo centro de distribuição gaúcho, mas que está "no limite", disse o presidente Otelmo Drebes em visita da coluna à matriz. Também falou sobre o contrato fechado para mais uma usina solar para abastecer as lojas e a entrada no segmento de consultas médicas por chamadas de vídeo, o serviço Chama Doutor, quando comentou: "O varejo não pode mais só vender, tem que ser financeira, tem que ter serviços." Confira mais trechos da entrevista ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha:
Por que foi escolhida essa cidade para entrar no Paraná?
A expansão está dentro de Santa Catarina. Como o Paraná é vizinho, procuramos trabalhar cidades de um bom porte que não estão tão bem atendidas pelas empresas do nosso ramo.
O perfil dos consumidores de Santa Catarina e do Paraná é parecido com o do gaúcho?
É. Muitas vezes são pessoas que emigraram do Rio Grande do Sul. O tipo de produto que vendemos é bastante padronizado. Quase como commodity. Então, não há necessidade uma grande adaptação.
Os dados de junho não vieram bons e os de julho também devem ser ruins. Como vê o varejo agora?
Tens razão. Mas acredito que, com o pagamento dos auxílios a partir de agosto, teremos uma retomada melhor. Principalmente em outubro, novembro e dezembro, quando comemoramos o aniversário da empresa, o final de ano, trabalhamos com Black Friday e Copa do Mundo.
Como estão os preços dos produtos que vêm dos fornecedores e os demais custos da empresa, como energia elétrica?
O comércio, de uma forma geral, é um repassador de produtos e, consequentemente, de preços que recebe do fornecedor. Houve, durante os últimos meses, um acréscimo bastante grande, mas que está se acomodando e até baixando de preço. Ele está de acordo com o poder aquisitivo da população. Não adianta eu comprar um produto, repassar a alta de preço e não vender. O que acontece? No momento seguinte, eu não compro novamente do fornecedor. Consequentemente, tem que se adequar para continuar a roda do consumo. Junto com isso, existe hoje o endividamento bastante grande das famílias. Isso gera uma retração de compra e o comércio precisa abrir mão de margem.
A Lebes importa muito?
Antes da pandemia, importava um valor significativo na área de moda, o que diminuiu muito, principalmente pela redução de viagens, principalmente para a China. Há a tendência de aumentar, mas não voltar ao que era. Hoje, se importa 20% do que antes da pandemia.
Os fornecedores são brasileiros agora?
São dois tipos de produtos que supriram essa parte. Ou o fabricado na nossa indústria de confecções ou o de fornecedores brasileiros que se adaptaram a essa realidade.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.