"Difícil, mas vamos evoluir", foi a resposta do governador Ranolfo Vieira Júnior à coluna quando questionado sobre a percepção que ficou da reunião com a direção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para destravar a usina térmica de Rio Grande. O encontro durou quase duas horas em Brasília.
No próximo passo, as procuradorias do Estado e da agência reguladora irão se reunir para que façam análises jurídicas e deem seus pareceres ainda em uma tentativa de que a situação se resolva no ambiente administrativo, como o grupo espanhol Cobra quer para fazer o investimento de R$ 6 bilhões no complexo de energia. Isso deve ocorrer nos próximos 10 dias.
Para o gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS, Fernando Estima, foi a "arte do possível". Isso porque a Aneel começou a reunião dando como impossível a mudança na negativa de transferência do projeto da Bolognesi para o Cobra, o que inviabiliza o empreendimento. Porém, depois do encontro, ficou o entendimento de que haverá uma análise jurídica melhor.
- Considero razoável. Afinal, é um imbróglio, outorga cassada, processo judicializado. Tudo será melhor observado para que nenhuma das instituições saia machucada desse processo.
O encontro era demandado já há algum tempo. Após a negativa da agência em transferir o projeto da Bolognesi ao Cobra, o chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, intensificou os contatos e conseguiu a agenda com o diretor Sandoval Feitosa, relator do processo e quem negou o pedido, impedindo a transferência. Por enquanto, a outorga da usina está cassada por atraso nos prazos. O Cobra assumiu o projeto, começou do zero o processo de licenciamento ambiental e recebeu as autorizações da Fepam agora no início de 2022.
Ofício entregue pelo governo do Estado à Aneel, enviado à coluna pelo governador Ranolfo:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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