Buscar uma solução dentro da própria Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para destravar a usina bilionária de Rio Grande é o objetivo da comitiva gaúcha que irá a Brasília na segunda-feira (9). Isso porque é desta forma que o grupo espanhol Cobra quer resolver a situação para tirar do papel o complexo de R$ 6 bilhões, que inclui também um píer e um terminal de regaseificação.
O encontro era demandado já há algum tempo. Após a negativa da agência em transferir o projeto da Bolognesi ao Cobra, o chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, intensificou os contatos e conseguiu a agenda com o diretor Sandoval Feitosa, relator do processo e quem negou o pedido, impedindo a transferência.
Segundo Lemos, a comitiva trabalha com duas possibilidades. Uma delas é a Aneel reconhecer que poderia ter avaliado o plano de transferência juntado ao processo e retroceder para uma análise de ofício. A outra seria estabelecer mecanismos amparados em decisões da diretoria que abram este espaço de negociação.
- Ambas demonstrariam que a Aneel tem todas as condições de dar amparo administrativo, tendo sensibilidade e equilíbrio entre a tecnicidade e a política - diz o chefe da Casa Civil.
Por enquanto, a outorga da usina está cassada por atraso nos prazos. O Cobra assumiu o projeto, começou do zero o processo de licenciamento ambiental e recebeu as autorizações da Fepam agora no início de 2022.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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