Instituição financeira criada no Rio Grande do Sul, o Agi, antigo AgiBank, levantou R$ 1,25 bilhão em debêntures financeiras, uma espécie de título de dívidas que as empresas emitem para captar aportes para investimentos. No caso da Agi, o valor arrecadado será usado para aumentar o fundo para empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do INSS, um dos principais produtos do banco.
— Importante destacar que tivemos um crescimento recorde no produto [de crédito consignado] no ano passado, evoluindo de R$ 900 milhões em 2020 para quase R$ 4,5 bilhões em 2021 — diz Gabriel Zaneti, diretor de Tesouraria do Agi.
Diferente da compra de ações, quem investe em debênture já sabe desde o início do investimento por quanto tempo o dinheiro precisará ficar aplicado e também de quanto serão os juros que receberá até lá. No caso dessa emissão, o prazo das debêntures seniores é de nove anos, com dois anos de carência, enquanto os juros serão pagos mensalmente, a uma taxa de CDI+1,9% ao ano.
— O Agi fez uma emissão de letra financeira no segundo semestre de 2021, mas a emissão de debêntures financeiras foi realizada pela primeira vez. A ideia surgiu do nosso plano de crescimento desde meados de 2020, quando tomamos a decisão estratégica de crescer nos ativos de longo prazo, como é o caso do consignado — explica à coluna Thiago Silva, diretor financeiro e de relação com investidores do Agi.
Na prática, uma instituição financeira não pode emitir debêntures. Por isso, quem ficou responsável foi a securitizadora Vert-9, que se torna provedora de capital para o Agi realizar suas operações de consignado. As debêntures emitidas foram integralmente absorvidas pelo Citi, um dos maiores bancos do mundo.
O Agi nasceu no Rio Grande do Sul, ainda se chamando Agiplan. Em outubro de 2020, a coluna noticiou a nova sede construída pelo Agi em São Paulo com um investimento de R$ 20 milhões. A unidade fica em Campinas, perto do aeroporto de Viracopos. Pouco antes, ele recebeu um aporte de R$ 400 milhões da gestora de fundos de private equity Vinci Partners. Com isso, a empresa de investimentos se tornou sócia minoritária. O foco do banco tem sido na operação digital e também em clientes com mais de 50 anos.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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