O comércio da capital gaúcha venderá R$ 424 milhões neste Natal. A estimativa é do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (SindilojasPOA), após pesquisa feita com consumidores da cidade sobre a intenção de compras. Se confirmada a previsão, será um crescimento nominal de 15% sobre o ano passado. Descontada a inflação, é um avanço real pouco superior a 4%.
Ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, o presidente da entidade, Paulo Roberto Kruse, enfatiza a volta das confraternizações como um fator que ajuda muito o comércio em geral. Segundo ele, as festas das empresas já estão dando um "up" nas vendas. Sempre otimista, mas também realista, o líder lojista pondera sobre o impacto da inflação e teme pelos pequenos que não lidarem adequadamente com a concentração do varejo em grandes redes.
- O lojista tem que inovar, mais do que nunca. Ele precisa entender a necessidade do cliente dele e oferecer o que for preciso. E o pequeno comércio tem que se unir, além de fazer parcerias com as indústrias - recomenda o presidente.
Coordenadora do Núcleo de Pesquisas, Thais Del Pino destaca o aumento no preço do presente, apontado pelo levantamento . O valor médio ficou em R$ 172, contra R$ 133 do ano passado. Lembrando que o Natal é a principal data de vendas para o varejo. Em 2020, nesta época, ainda havia uma incerteza muito forte sobre a pandemia, apesar da esperança na vacinação.
Alguns outros destaques da pesquisa, que será divulgada na íntegra na próxima semana pela entidade:
Quem será presentado no Natal? Nesta ordem dos mais citados: filhos, pai/mãe, esposo/companheiro, netos/bisnetos, namorado, irmãos, sobrinhos, afilhados, amigo secreto, sogro, avós, enteados, tio e pet. Esses dois últimos aparecem com a mesma proporção de respostas. Aliás, apareceram bem mais pessoas do que em 2020.
Os consumidores pretendem presentear com o quê? Mais citados: roupa, brinquedos, calçados, perfumaria, acessórios, artigos de bazar, artigos esportivos, artigos de decoração, eletrônicos, almoço/jantar e bebidas.
O que ajuda a escolher o presente? Mais citados: perguntar o que quer, vitrines, pesquisas na internet, panfletos e encartes.
O que ajuda a definir a loja/marca? Mais citados: preço, qualidade dos produtos e atendimento.
Onde pretende comprar? Mais citados: lojas de rua (57,7%), shopping (46,6%) e e-commerce (26,6%).
Aliás, o WhatsApp saltou de 2,2% para 12,9% na preferência do consumidor para a compra online. O site da loja perdeu espaço, mas ainda é o preferido.
Outro ponto interessante é que 84,3% darão preferência para comprar do comércio local. Bem mais do que em 2020, quando foram 69,4%.
Para mais detalhes e análises, assista à entrevista com o presidente Paulo Kruse e a pesquisadora Thais Del Pino:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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