O Rio Grande do Sul poderá ter um novo complexo eólico já em 2022. A Brain Energy Energias Renováveis está desenvolvendo um projeto para instalação de aerogeradores em Tapes, ao lado da Lagoa dos Patos. Trata-se de uma usina com capacidade para geração de 239 megawatts de energia, o suficiente para abastecer mais de um milhão de pessoas. O investimento é de R$ 1,09 bilhão.
- Esse projeto já está pronto, inclusive com licenciamento ambiental. Estamos agora em fase avançada de captação de investidores para ter Capital e começar a montar a estrutura. Gostaríamos de estar produzindo a energia em 2024 - diz Telmo Magadan, que é sócio da empresa junto de Daniel Andrade.
Aliás, Magadan tem uma longa jornada no mundo de energias renováveis. Ele foi um dos responsáveis por instalar, em Osório, o primeiro parque eólico do Brasil.
- O Rio Grande do Sul foi protagonista em energia eólica. Em 2014, porém, ficou fora dos leilões de energia eólica e fora do radar de investidores, porque o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) identificou que o Estado estava com um sistema de transmissão frágil para novas gerações, de qualquer fonte. Mas de lá para cá, houve um fortalecimento de transmissão, o que possibilita novos investimentos - explica.
A nova usina, que se chamará Parque Eólico Capão Alto, ficará em uma área de 3 mil hectares. No licenciamento, há previsão para instalação de 69 aerogeradores, mas Magadan acredita que o número irá diminuir, uma vez que as tecnologias avançaram, o que permite que a mesma capacidade de produção seja atingida com menos instrumentos.
- O parque terá fortes vantagens logísticas. Estaremos mais próximos do porto de Rio Grande, perto de Porto Alegre, com a BR-116 sendo duplicada. Já temos licenciamento ambiental, conexão elétrica e mais de cinco anos de medição de ventos no espaço, o que dá mais segurança para investidores - comenta.
Na conversa com a coluna, Magadan também destacou a viagem do governador Eduardo Leite à Europa, onde uma das principais pautas foi a geração de energia sustentável:
- O Rio Grande do Sul está em um novo momento de geração de energia. A visita do governador à Espanha foi fundamental. O Estado tem um fator muito importante que é a sua situação climática: quando chove, tem menos vento, e quando seca, tem mais vento. A eólica e hídrica são complementares aqui no Rio Grande do Sul.
* Colaborou Daniel Giussani
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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