O preço da gasolina comum recuou pela segunda semana consecutiva no Rio Grande do Sul, aponta pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Mas ainda é uma queda pequena, acumulada em apenas quatro centavos, e não chega a retomar o patamar de preços nem de um mês atrás. O preço médio no Estado está em R$ 6,08. O mais alto é de R$ 6,99, cobrado por postos de Bagé.
O mesmo comportamento ocorreu em Porto Alegre. Na Capital, o preço caiu nas duas últimas semanas, acumulando uma queda de cinco centavos e ficando em R$ 6,12. A barreira dos R$ 6 foi ultrapassada em julho, após a elevação de preços anunciada pela Petrobras.
Desde então, a estatal não fez mais ajustes. O novo comando, que assumiu em abril após divergência pública do presidente Jair Bolsonaro com a direção anterior, já se posicionou por mudanças menos frequentes e tem anunciado reajustes apenas mensais.
A Petrobras observa dois fatores para alterar preços de combustíveis. Um deles é o dólar, que tem oscilado entre altas e quedas fortes, e a importação de diesel e gasolina mais do que dobrou no segundo trimestre para compensar refinarias paradas para manutenção. O outro é o petróleo, que tem apresentado uma tendência de queda após acordo para aumento mundial de produção a partir deste mês e receio de impacto no consumo do avanço da variante Delta em economias em recuperação.
O que gera uma expectativa de redução é o etanol anidro com a entrada da safra de cana-de-açúcar, que ficou atrasada neste ano. No entanto, isso ainda não chegou nas distribuidoras, informa João Carlos Dal'Aqua, presidente do Sulpetro-RS, sindicato que representa os postos de combustíveis.
- A pequena queda de agora é motivada pela concorrência mesmo. Desde o dia 1º de agosto, inclusive, já estamos recebendo combustível com preços majorados devido à elevação do valor de pauta do ICMS no Rio Grande do Sul e nova alta do etanol - detalha o presidente.
Desde 19 de abril, quando o general Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da Petrobras, foram feitos quatro reajustes. Um deles, no final de abril, reduziu o preço da gasolina e do diesel em 2%. Em junho, a gasolina caiu mais 2%. Outra alteração, em julho, aumentou os valores em 6,3% para a gasolina, 3,7% para o diesel e 5,9% para o gás de cozinha. O gás natural, que é reajustado trimestralmente, subiu 7% para as distribuidoras. No Rio Grande do Sul, a Sulgás ainda não definir de quanto serão os reajustes para indústria, comércio, residências e postos de combustíveis, no caso do GNV (gás natural veicular).
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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