O desemprego e o desalento aumentaram entre os chefes de família do Rio Grande do Sul. No primeiro trimestre de 2021, a combinação destas duas situações atingiu 8%, contra 6,8% do mesmo período de 2020. No país, também aumentou, passando de 11,2% para 13,4%. Eles são mulheres e homens que são os principais responsáveis pelo sustento da casa e dos filhos.
O levantamento é do Dieese com base nos dados da pesquisa trimestral de emprego do IBGE. Esta taxa recebeu um alerta mais intenso por parte da instituição, que considera preocupante o indicador que envolve chefes de família: "indica maior número de famílias em situação de vulnerabilidade."
A taxa de desemprego considera quem está buscando trabalho, mas não consegue. Já o chamado desalento engloba pessoas que desistiram de buscar emprego. Ambos aumentaram no último ano considerando os trabalhadores em geral, sem fazer o recorte de chefes de família.
O Dieese avalia que a pandemia aprofundou o quadro de desestruturação do mercado de trabalho que já era grave. A renda média do trabalhador gaúcho aumentou de R$ 16,31 para R$ 17,04, mas como o desemprego aumentou, isso não é, necessariamente, um bom sinal, pondera o Dieese:
"(...) o dado não permite comemoração, uma vez que os que ganhavam menos foram os que mais sofreram com a pandemia, perdendo emprego e renda. Assim, os que tinham maiores rendimentos permaneceram em casa, trabalhando, o que manteve a média no mesmo patamar de 2020."
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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