Criada em fevereiro, a startup gaúcha ILoveMyJob trabalha com estratégias para que outras empresas ou entidades tornem-se lugares onde as pessoas queiram trabalhar. Entre os clientes, está o Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA). À coluna, as sócias Patrícia Bandeira e Angélica Madalosso enviaram cinco dicas para turbinar essa atratividade com exemplos reais de aplicação:
1) Tenha um bom clima organizacional
Mas o que é essa expressão já batida de tanto que é usada nas empresas? Segundo as empresárias, é um ambiente onde que os funcionários se sentem à vontade para expor ideias, com valores semelhantes e, claro, boa perspectiva de carreira. A ILoveMyJob diz que a Google é a maior referência nisso e lembra da regra chamada “Vinte por Cento”, que dá a liberdade aos funcionários de dedicarem um dia da semana para projetos que não foram delegados pelos gestores. Isso dá autonomia e flexibilidade.
2) Valorize a diversidade
Isso não é moda. É para ser tendência, puxada por movimentos sociais como Black Lives Matter, UMA e HeForShe. Várias empresas já fazem processos seletivos às cegas e programas de trainee diferenciados, além de adotar políticas de licença parental. A Oracle cortou pré-requisitos como curso superior em algumas áreas e inglês da seleção de jovens talentos. Também usou um software para distorcer as vozes dos candidatos, minimizando algum viés inconsciente dos recrutadores.
3) Use gamificação
Mais uma expressão eventualmente usada, mas que precisamos explicar. Ela significa usar desafios, mecânicas e premiações do universo dos jogos para deixar os processos mais criativos e instigantes. As sócias da ILoveMyJob acreditam ser um bom exemplo a Nestlé ter pedido um vídeo no TikTok para os candidatos a um cargo de marketing mostrarem suas habilidades.
4) Crie programas de indicações
Os funcionários indicam candidatos para as seleções, o que eleva a retenção de talentos e reduz a rotatividade. De quebra, o profissional ainda reforça a marca da empresa ao recomendá-la como local para trabalhar. A prática é muito usada pelas empresas de tecnologia, que vivem uma guerra por trabalhadores. Não foram informados exemplos, mas a startup diz haver companhias que premiam com bônus em dinheiro, vale-iFood e até almoços com CEOs.
5) Seja autêntico
Essa é para não ficar só no discurso. As empresárias sugerem investigar quais são os atributos da empresa do ponto de vista dos funcionários. A Ambev, por exemplo, não tem medo de fortalecer a sua cultura focada em resultados, ou seja, quem for trabalhar lá sabe disso desde o início e precisa estar disposto. Em troca, a empresa precisa mostrar como apoia o funcionário para que ele atinja seus resultados. A fabricante de bebidas tem um pacote de benefícios muito competitivo e criou uma função relevante no organograma para cuidar da saúde mental dos funcionários.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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