O conselho de administração da Lojas Renner aprovou a oferta de ações para captar bilhões no mercado financeiro. A reunião foi realizada nesta segunda-feira (19). Pela estimativa, a captação de recursos ficará entre R$ 4.783.800.000 e R$ 6.458.130.000. Haverá uma oferta restrita e, se ela precisar de mais dinheiro, já informaram da possibilidade de um lote adicional, se houve demanda por parte dos investidores.
Ainda na última sexta, a informação vazou e provocou uma valorização imediata dos papéis da empresa de varejo na bolsa de valores, relembre: Ações da Renner sobem com rumores sobre captação de R$ 4 bilhões na bolsa de valores
Conforme fato relevante enviado no início da manhã desta segunda ao mercado, a ideia da companhia é vender ações tanto no Brasil quanto no Exterior. O preço delas será definido após uma coleta de intenções de investimento no mercado. A ideia é dar início à negociação na bolsa de valores de São Paulo, a B3, em 3 de maio. Na sexta, a cotação fechou em R$ 46,90. Com sede em Porto Alegre e lojas no Brasil, Uruguai e Argentina, a Renner um valor de mercado superior a R$ 30 bilhões.
O texto traz ainda informações sobre a destinação dos recursos. Chama a atenção a intenção da empresa de construir mais um centro de distribuição e expandir lojas e serviços financeiros. No mercado financeiro, ainda há a aposta de uma aquisição, reforçada por essa amplitude nas faixas de valores de captação, permitindo elasticidade no preço do ativo escolhido.
"A totalidade dos cursos líquidos provenientes da Oferta Restrita serão destinados para: (i) o desenvolvimento e fortalecimento do ecossistema de moda e lifestyle da Companhia por meio de iniciativas orgânicas e/ou inorgânicas; (ii) a continuidade na digitalização dos processos core da Companhia e no desenvolvimento do seu canal omnichannel; (iii) construção de um novo centro de distribuição, (iv) expansão das lojas físicas (Omni Hubs); (v) a expansão de serviços financeiros ofertados por meio da Realize Crédito Financiamento e Investimento S.A.; e (vi) flexibilidade para realizar investimentos (orgânicos e/ou inorgânicos); sendo que quaisquer recursos líquidos remanescentes serão utilizados para o fortalecimento da posição de caixa para a gestão ordinária de seus negócios", diz trecho do comunicado.
Outra varejista movimentou o mercado financeiro na semana passada. A Hering, de confecções, informou ter recusado a oferta de compra feita pela Arezzo&Co, que atua com calçados e acessórios. Relembre: Hering disse "não" para empresa com sede em Campo Bom
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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