O pessoal está reclamando que não consegue comprar chinelo em alguns supermercados e até mesmo nas farmácias. Arrebentou a tira, mas vai ter que comprar pela internet e esperar o delivery. Isso porque a regra da bandeira preta proíbe a venda presencial de itens não essenciais. Mas aí começa a discussão se o chinelo é ou não essencial.
Conforme a Procuradoria Geral do Estado (PGE), itens essenciais são produtos de alimentação, saúde e higiene, bem como aqueles indispensáveis às necessidades inadiáveis, cuja falta pode colocar em risco a saúde e a segurança da comunidade. Para a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), há espaço para interpretação. Mas, para o presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski, não é essencial:
- Chinelo não é essencial conforme o decreto. Não é de comer nem beber, não é para ajudar a cozinhar, não é remédio, nem ótica. Também não é material de construção, nem material escolar - disse ele em uma provocação para a coluna na rede social.
Itens não essenciais não podem ser vendidos nem com pegue e leve, o chamado takeaway. Segundo o governo gaúcho, a fiscalização é estadual e dos municípios. Descumprimento pode levar a multa e interdição. Ou seja, é capaz de uma venda de chinelo virar uma discussão administrativa ou até judicial depois.
Como alternativa bem humorada no meio de tanta tensão, leitores estão sugerindo comprar um prego nas lojas de materiais de construção, que podem abrir. Com ele, fazer o tradicional remendo na tira do chinelo de borracha.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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