A vacinação avança em economias importantes do mundo, elevando a previsão de consumo de combustíveis. Isso aumenta a cotação do petróleo, que é usada pela Petrobras para definir os preços nas refinarias no Brasil, onde, no entanto, a vacinação patina.
Ou seja, sobrou apenas o ônus para o brasileiro, que sofre com alta de preços sem o bônus da imunização. Ao contrário, Estados estão com o sistema de saúde em colapso enquanto novos aumentos de combustíveis ocorrem para a população. A Petrobras anunciou reajuste de 12 centavos para diesel e gasolina nas refinarias nesta terça-feira (2), após já ter elevado os combustíveis há pouco mais de 10 dias. Para o consumidor gaúcho, o preço médio da gasolina já bateu recorde, com média de R$ 5,02 na última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Além do barril do petróleo, que já esteve bem mais caro em outras ocasiões, a pressão forte mesmo vem do real desvalorizado em relação ao dólar. E não há sinal de reverter isso. Aliás, só piorou com a tensão gerada pelo presidente Jair Bolsonaro ao criticar o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e já indicar um substituto para a empresa, que tem capital aberto e segue o mercado internacional na sua política de preços.
Outra medida seria ajustar as contas públicas, com andamento das reformas o Congresso. Também não há essa perspectiva. E, para fechar, outra situação que podia valorizar o real seria avançar a vacinação no Brasil para melhorar a economia. Sim, ela mesma, que se arrasta.
A economia é uma engrenagem que, neste momento, depende da melhora na saúde mais do que nunca. Só que estão mexendo nas peças erradas. Ou ela nem anda, ou até vai, mas trava ali na frente.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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