A General Motors (GM) propôs uma nova suspensão de contratos para trabalhadores do complexo de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. É o chamado lay off, que começou a ser adotado ainda em março de 2020, quando começou a pandemia, e se intensificou em abril.
Depois, o primeiro e o segundo turnos de trabalhadores foram voltando aos poucos. Já o terceiro turno segue com contrato suspenso desde então. Agora em março, ocorrerão 20 dias de férias coletivas. No retorno, em abril, o segundo turno terá contrato suspenso e o terceiro seguirá no lay off.
As informações foram confirmadas à coluna pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, que participou da negociação. Segundo ele, o motivo alegado pela montadora é a falta de peças. A empresa não detalhou quais, mas, em outros países, a GM estendeu a suspensão de produção em fábricas por escassez de itens como semicondutores.
A nova suspensão poderá chegar a cinco meses. A proposta, que inclui adiantamento da participação nos lucros e o pagamento de abono, será votada em assembleia online de trabalhadores na sexta-feira (26).
- O momento em que atravessamos é de grande dificuldade, estamos fazendo de tudo para preservar os empregos. Nesse contexto, estamos renovando pela segunda vez o contrato de lay-off no complexo automotivo - acrescenta Ascari.
A medida inclui todo o complexo da GM. Além da fábrica de veículos, o local tem as sistemistas, que são as fornecedoras da montadora. Estima-se que as empresas, juntas, empreguem 5 mil trabalhadores.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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