Inspirada na vivência que teve em parques estrangeiros, a advogada e empresária gaúcha Daniela Kolb deixou o escritório de advocacia empresarial e criou a Eba, uma empresa de brinquedos e parquinhos que chegou agora ao e-commerce. Mãe de três meninos, ela visitou mais de cem pracinhas ao redor do mundo e resolveu trazer para o Brasil o conceito do “livre brincar”, onde as crianças podem usar a criatividade.
Em entrevista ao programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha), ela contou que as peças são feitas de madeira reflorestada, são lúdicas, simples e colaborativos. Segundo Daniela, a ideia é promover a integração entre crianças de diferentes idades e habilidades, além de convidar pais e cuidadores a interagirem.
- Que pai hoje sai de casa para ir a um shopping ou restaurante sem espaço para crianças? – pondera a empresa, apostando na venda para empreendimentos privados.
Daniela também usou a pandemia para criar uma linha de brinquedos para que as crianças possam aproveitar em casa.
- A linha Conecta, que nasceu na pandemia, nos surpreendeu e veio para ficar. Nosso foco era só pracinha, mas agora é possível ter o conceito da Eba dentro de casa, em um momento que as crianças estão confinadas – detalha.
Há dois anos, Daniela desenvolve os protótipos, testa, refaz e busca um processo de produção artesanal e com redução do impacto ao meio ambiente. A loja virtual da Eba tem gangorra, gira-gira, balanço adaptado, balanço ninho, skate inclusivo, painel de jogos, tirolesa inclusiva, casinha adaptada, brinquedos sonoros e sensoriais.
- Usamos 100% de energia solar, reutilizamos 90% dos resíduos, fazemos a logística reserva das embalagens, buscamos "ser o mais verde" possível. Apesar do maquinário moderno, temos um trabalho manual muito forte. É um caminho enorme até a peça ficar pronta e nem quero que seja automatizado, pois é um trabalho humano lindo de se acompanhar – conta.
Hoje, a empresa conta com uma fábrica com mais de 4 mil metros quadrados para a produção dos brinquedos. Além disso, os itens são desenvolvidos pensando na inclusão e acessibilidade, permitindo que os brinquedos possam ser aproveitados por todos.
- As famílias precisam saber que toda aquela mão de obra que é sair de casa com crianças vai valer muito a pena! Além disso, as cidades precisam acolher mais. As pessoas precisam de espaços de lazer seguros, interessantes e acolhedores. Nos brinquedos maiores, como o barco e a baleia, também é possível entrar com a cadeira de rodas, onde ainda tem jogos para brincar – defende.
Quadro Fique de Olho no programa Acerto de Contas, com Francine Silva. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha. Ouça aqui:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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