O preço da gasolina comum ficou estável na última semana no Rio Grande do Sul. A média encontrada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) foi de R$ 4,21, considerando 363 postos de combustíveis. Foi a primeira pesquisa sem elevação após nove semanas de altas consecutivos, reflexo dos aumentos feitos pela Petrobras nas refinarias com a alta do petróleo no mercado internacional desde maio.
O valor mais baixo encontrado foi R$ 3,87, em Novo Hamburgo. Já o mais alto foi R$ 5,09, em Bagé. Ou seja, há uma diferença grande de R$ 1,22 entre o menor preço e o maior da pesquisa da ANP. Além disso, há vários meses não apontava gasolina vendida por mais de R$ 5 no Estado.
Sobre a tendência, há dois movimentos opostos pressionando os preços para o consumidor. Neste sábado (1º), como reflexo da alta da gasolina nas bombas, o chamado valor de pauta tem nova elevação. Ele é usado para calcular o ICMS a ser recolhido pelas empresas e está subindo 12 centavos, passando de R$ 4,13 para R$ 4,25. Como a gasolina paga ICMS por substituição tributária, o imposto é recolhido antes projetando um preço de cobrança ao consumidor. Subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira explica sempre para a coluna que o valor é definido a partir da média que os postos de combustível estão cobrando no Rio Grande do Sul. Para chegar ao preço, são consideradas as notas fiscais eletrônicas das últimas semanas.
Por outro lado, após uma sequência de elevações iniciada em maio quando o petróleo começou a reagir da derrubada nas cotações pelo coronavírus, a Petrobras anunciou um corte de 4% no preço da gasolina nas refinarias brasileiras. Passou a valer nessa sexta-feira (31) e foi uma redução de R$ 0,069 por litro. O petróleo vem operando em queda nos últimos dias. Em especial com o receio de uma nova onda da covid-19. As quedas fortes de PIBs importantes, como Estados Unidos e Alemanha, também deixam o cenário de consumo de combustíveis bastante incerto. E ainda há espaço para cair mais, avalia o economista da Quantitas Asset João Fernandes. Ele cruza os preços da gasolina nas refinarias brasileiras com os praticados no golfo dos Estados Unidos, junto com o preço do petróleo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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