Com a gravidade do coronavírus percebida pelo mercado financeiro ainda no Carnaval, a bolsa de valores despencou no primeiro semestre. O Ibovespa se aproximou de 60 mil pontos e até voltou agora para mais de 95 mil pontos. Mas o balanço da primeira metade do ano ainda ficou no negativo, com queda de 17,8% no indicador.
Gestora de fundos de Porto Alegre, a Quantitas Asset fez o levantamento do comportamento das ações de empresas que têm capital aberto e forte ligação com o Rio Grande do Sul (veja tabela abaixo). Seja porque têm sede no Estado ou porque já tiveram e mantêm operações fortes aqui, como o caso de Gerdau e Grendene. Sócio da Quantitas e especialista em renda variável, Wagner Salaverry observa que as companhias que se mostram mais blindadas dos efeitos da pandemia se saem melhor.
Ele salienta que o bom desempenho da dona da Panvel, a Dimed (+51,25%), se deve à alta na venda do setor farmacêutico e porque a empresa está planejando uma oferta de ações para captar recursos para abertura de lojas. Por outro lado, a Grendene (-39,06%) reflete o momento difícil do setor calçadista, que já enfrentava mais uma crise antes da pandemia.
Considerando as ações que integram o Ibovespa por serem as mais negociadas na bolsa brasileira (B3), tem uma empresa de Santa Catarina que se destacou. É a Weg, que tem várias operações no Rio Grande do Sul e ficou atrás apenas das varejistas B2W e Magazine Luiza. Seus papéis tiveram valorização de 46,77% desde o início de 2020. Além dos bons fundamentos, ela foi beneficiada pela alta do dólar, diminuindo o impacto da pandemia nos negócios.
Aqui, a tabela com o comportamento das empresas na bolsa de São Paulo no primeiro semestre e também considerando apenas o mês de junho:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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