Rede de materiais de construção, a Quero-Quero retomou o processo para ter ações negociadas na bolsa de valores de São Paulo, a B3. A medida vinha sendo estudada há, no mínimo, dois anos, quando o pedido para abertura inicial de capital, chamada de IPO (Initial Public Offering), foi protocolado na Comissão de Valores Mobilários (CVM) em fevereiro deste ano. Como é chamada a apresentação a investidores, o roadshow já estava sendo realizado quando o coronavírus contaminou os mercados globais, atingindo também a bolsa brasileira. Com a pandemia, os planos foram suspensos temporariamente. Mas a boa notícia é que foram retomados nos últimos dias e já foi atualizado o prospecto da operação.
A oferta de ações conta com os bancos BTG Pactual, Bank of America, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. A ideia é usar o dinheiro para tocar a expansão física da empresa, com a abertura de novas lojas, além de capital de giro. Como trabalha com material de construção e como financeira, a Quero-Quero sofre menos com as medidas de fechamento de atividades econômicas. Ambas as atividades entram como essenciais. Além disso, várias empresas estão retomando planos de buscar recursos no mercado de capitais, que tem recuperado em boa parte o preço das ações.
Em maio, mesmo com a pandemia, a Quero-Quero abriu seis lojas. As unidades, inclusive, registraram 20% de crescimento nas vendas desde a inauguração. A empresa já tem mais de 350 lojas e projeta chegar a 600, também está construindo centros de distribuição para sustentar a ampliação dos pontos de venda. A empresa tem sede em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, e é controlada pelo fundo de investimentos Advent, que também comprou a operação brasileira do Walmart transformando a holding em Grupo BIG.
Relembre Live de GaúchaZH feita com o CEO da companhia, Peter Furukawa, ainda em abril:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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