Além de ter doado R$ 50 milhões, a Península, empresa da família de Abilio Diniz, lançou uma plataforma que está conectando quem vende com quem precisa comprar máscaras, item essencial no combate ao coronavírus. Além de concentrar informações para a aquisição, também traz detalhes sobre os tipos e o uso adequado. A plataforma tem a parceria Grupo GS& Gouvêa de Souza e da Nideias, além do apoio de 18 entidades privadas.
O projeto foi batizado de "Tudo de Máscara" e não tem fins lucrativos, ficando disponível em um site que já está no ar. Para se cadastrar, os fornecedores aceitam diretamente no site um termo de responsabilidade confirmando que produzem os itens de segurança de acordo com as normas brasileiras. Os consumidores interessados terão à disposição os contatos dos fornecedores e informações como o tipo e a quantidade da máscara disponível. Podem, então, falar diretamente com as empresas para comprar o produto.
No Rio Grande do Sul, já há cinco empreendimentos cadastrados. Também existe uma aba que mostra entidades que recebem e distribuem máscaras para doação.
- Ficar em casa e manter o afastamento social é a principal orientação das autoridades médicas. Mas sabemos que muitos profissionais estão em serviços essenciais e precisam sair, bem como a população em geral quando necessita algum item emergencial. Usar máscara é uma novidade para os brasileiros e se tornou um item obrigatório muito rapidamente. Ainda há muitas pessoas e empresas com dificuldades para comprar o item em todo o Brasil. Por isso, o ‘Tudo de Máscara’ chega como uma solução completa: informar, orientar e conectar - explica Geyze Diniz, economista que lidera o projeto e também esposa de Abilio Diniz.
Em tempo, a máscaras é essencial e não pode ser substituída pelo face shield, que é o protetor de acrílico também chamado de viseira. Veja o que a coluna já publicou sobre isso:
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A atuação de Abilio Diniz
Desde o início da pandemia, o empresário Abilio Diniz tem trazido um discurso bastante lúcido sobre a situação. Mostra uma forte preocupação econômica, claro. No entanto, enfatiza a importância das orientações de saúde. Lá no começo, ainda em março, defendia que se planejasse já o pós-crise, criticando até mesmo os embates em alta na ocasião sobre tipos de isolamento.
- Tem que gastar dinheiro, muito dinheiro para gerar emprego quando a crise passar.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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