Faz já algum tempo que a coluna assistiu a uma live com participação do empresário Andreas Renner Mentz, dono da rede de lojas Spirito Santo, mas memorizou que queria registrar alguns pontos da fala do empresário. Foi mais para o início da pandemia, mas imagino que a angústia de uma das frases dele continue e seja compartilhada por outros colegas do setor:
- O pior pesadelo de qualquer varejista é a loja não vender um real.
Também chamou a atenção da coluna o desafio de Mentz, que é compartilhado com outras atividades econômicas. A prática da Spirito Santo é a proximidade com o cliente, o que é, como ele mesmo disse, o contrário do que é exigido no combate à covid-19. A nova realidade da sociedade vai durar enquanto não houver uma vacina que previna contra o coronavírus ou que não seja descoberto um remédio para tratamento que o torne uma doença como as outras.
- Na China, mesmo voltando a economia, ainda já há uma linha do afastamento social.
Como eu disse, essa Live aconteceu há quase dois meses e, na ocasião, Andreas Renner Mentz já dizia que a máscara se tornaria fashion. A socialização, segundo ele, ocorreria com esse elemento novo, "normal e legal". Pois está aí já acontecendo como ele disse, com a mesma rapidez em que tudo acontece nessa pandemia.
- É importante a gente aceitar o que está vivendo e trabalhar como uma realidade.
Mas ele já pensa na volta. O dono da Spirito Santo acredita que, quando tudo passar, haverá uma forte demanda por produtos de moda.
- Quando surgir o sinal de que as pessoas vão se encontrar, a galera vai querer se reunir e vai querer estar bonita.
A Spirito Santo foi criada há 13 anos para vender moda masculina, mas também comercializa roupas para mulheres. A marca também tem um e-commerce, além das 22 lojas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Aliás, em destaque na coleção de inverno de 2020, estão as máscaras à venda por R$ 15.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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