A pandemia gerou um impacto de redução de 38,6% no transporte rodoviário de cargas no Rio Grande do Sul. Apesar de alto, é um número menos negativo do que a média nacional, de -43,9%. O Estado mais afetado é a Bahia, com -55,8%, seguido por Mato Grosso do Sul e Pernambuco.
O levantamento é do Departamento de Custos Operacionais (DECOPE), da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). As medidas restritivas para a população fizeram com que muitas empresas diminuíssem ou até mesmo parassem suas atividades, lembra a entidade.
Aqui no Rio Grande do Sul, a entidade que representa o setor é a Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no RS (FETRANSUL). Para o presidente, Afrânio Kieling, a tendência cair mais:
- Até porque nós tivemos o período de safra de soja, que segurou um pouco, mas a tendência é cair mais. As transportadoras estão com os terminais lotados de cargas, que não têm como entregar. Muitas empresas deram férias para metade ou mais dos funcionários.
Kieling está entre os empresários que defendem abertura gradual das atividades econômicas:
- Para nós, 2020 é um ano perdido. Já pensamos em 2021.
A FETRANSUL representa 13 sindicatos de transportadoras. Tem 13 mil empresas associadas, com uma frota de 270 mil caminhões. Nesta terça-feira (21), sai um novo monitoramento do setor.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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