Após um dia de colapso nos mercados mundiais com a crise do petróleo, as bolsas asiáticas fecharam em alta. Além disso, a Europa acelera a alta, com subidas superiores a 3% neste início de manhã. Petróleo também em alta, após ter desabado na largada da semana. Aqui no Brasil, o Ibovespa futuro abriu em alta superior a 5%, voltando ao patamar de 90 mil pontos. O dólar iniciou as negociações a R$ 4,67, com queda de 1,01% em relação ao valor de fechamento.
Após a abertura do pregão, às 10h, a bolsa de valores de São Paulo, B3, seguiu em forte alta, acima de 5% de valorização. O dólar comercial mantinha a intensidade de queda, vendido a R$ 4,67.
Há um ajuste comum após forte queda, com investidores que compram ações com um preço que consideram barato. Mas notícias que vêm do exterior são os principais estímulos para este movimento.
Por exemplo, há expectativa de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, detalhe as medidas de estímulo à economia. No "spoiler" que deu ontem, ele falou em isenções fiscais para empresas, inclusive com redução de tributos para folha de pagamento. Sem falar da expectativa de que o Federal Reserve (FED) anuncie novo corte emergencial de juro. O banco central norte-americano já fez isso na semana passada, com uma redução de 0,5 ponto percentual, mais intensa do que se esperava.
Além disso, o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, convocou para esta quarta-feira (11) uma reunião com petroleiras para avaliar a cooperação com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A não concordância com o acordo de redução de produção na semana passada gerou a retaliação da Arábia Saudita, derrubando as cotações do petróleo e levando as bolsas junto.
— As portas não estão fechadas — disse a autoridade russa em relação à cooperação com a Opep.
Há forte expectativa do mercado para esse encontro.
— Essa briga fez toda a queda do petróleo. Se mudarem algo, faz preço. O Trump pode divulgar alguma coisa para não deixar o shale gas morrer nos Estados Unidos. Mas é menos relevante para puxar preço. Se ele fizer, provável que até caia preço, por sinalizar que oferta continuará alta e subsidiada — detalha o analista de mercado Wagner Salaverry, sócio da Quantitas Asset.
E, para fechar, há dados animadores da China sobre o coronavírus. O país registrou ontem o menor número diário de novos casos desde início da contagem. Forma apenas 19 novas pessoas infectadas.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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