Para fazer frente à crise do coronavírus, o Ministério da Economia anunciou a antecipação para abril do pagamento de R$ 23 bilhões referentes à parcela de 50% do 13º salário de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). No ano passado, o desembolso ocorreu entre agosto e setembro.
A ideia é injetar esse dinheiro na economia. Aqui no Rio Grande do Sul, a medida representará um aporte que gira em torno de R$ 1,5 bilhão. O cálculo é feito pelo fundador e conselheiro da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV). Para a estimativa, Vilson Noer considera, por exemplo, a participação do Estado no PIB nacional.
— O dinheiro deve ir, principalmente, para pagamento de dívidas. É um segmento da população que costuma ter contas atrasadas para pagar e isso tende a ser a prioridade. No entanto, sempre abre chance para novos créditos — projeta o dirigente, pensando já no impacto para os lojistas.
Também estão em análise mudanças no programa do saque imediato do FGTS, que liberou a retirada de recursos das contas dos trabalhadores. A decisão é parte de um conjunto de medidas anunciadas como forma de combater efeitos da crise provocada pelo novo coronavírus.
Das cinco ações apresentadas nesta quinta, três fazem referência ao INSS. Além da antecipação do 13º, será suspensa a exigência de prova de vida dos beneficiários por 120 dias. Também será proposta uma redução do teto dos juros de empréstimos consignados feitos por beneficiários do INSS.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia mais notícias da colunista